Movimento Casa Rosa profere palestra alusiva ao Outubro Rosa

No entender da Drª Edite Dimende, o cancro mama pode apresentar alguns sintomas, como o aparecimento de um nódulo, por sinal o sintoma mais comum, de edema, de retração da pele (ruga), sangramento pelo mamilo, alteração da aréola, entre outros. Entretanto, o individuo pode contrair o cancro da mama devido a vários factores tais como os ligados a interacção entre os factores genéticos com os hábitos de vida, com os factores reprodutivos, assim como com os factores do meio ambiente e, há que destacar destes, alguns factores de risco para o seu desenvolvimento, como a idade de prevalência que ronda entre os 40 e os 60 anos de idade em ambos sexos, a susceptibilidade genética comprovada, casos de cancro na família, a menstruação precoce, geralmente antes dos 12 anos de idade, a menopausa tardia- após os 55 anos de idade, a questão das mulheres que nunca amamentaram, a idade da primeira gestação, que ao verificar após os 34 anos de idade pode criar condições para que a mulher desenvolva a doença, o sedentarismo, a obesidade, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e muitos outros.

“ A literatura sobre a doença avança alguns cuidados a ter que possam ajudar na prevenção, a alimentação saudável, a prática de exercícios físicos regularmente, a manutenção do peso corporal adequado ou dentro dos padrões e o consumo moderado e racional de bebidas alcoólicas” disse a fonte.

Por seu turno a Drª Tereza refere que, o cancro colo do útero é uma lesão invasiva intrauterina causada principalmente pelo Papiloma vírus humano (HPV), que afecta geralmente mulheres entre os 40 e 60 anos de idade, manifestando – se pelo aparecimento de verrugas na mucosa da Vagina, do Pénis, do ânus, da laringe e do esófago.

É uma doença que costuma progredir de forma lenta chegando a levar mais de 10 anos para o seu desenvolvimento. Tem como principais factores de desenvolvimento, o sexo desprotegido com vários parceiros, o tabagismo, as relações sexuais antes da idade do amadurecimento da mulher, bem como o facto de o individuo possuir um histórico de risco de doenças de transmissão sexual e a questão a natalidade excessiva.

“Os principais sintomas desta doença são: o corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com odor muito forte, o sangramento após o acto sexual, a dor pélvica o sangramento sem explicação aparente” frisou. Tendo acrescentado que “para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo, masculino ou feminino, que visa garantir a protecção de ambos os parceiros e é também importante realizar anualmente o exame ginecológico preventivo, o popular Papanicolau. Esse procedimento é capaz de identificar as lesões precursoras do cancro de colo de útero, possibilitando o diagnóstico no início da doença, aumentando assim o sucesso no tratamento”.

Para a Meritíssima Juíza Presidente da 2ª secção do TFPM, Drª Sónia Henriques, a palestra foi de mais-valia uma vez terem sido abordados alguns aspectos que mesmo sendo mulher e visada os conhecia.

“ Para mim pessoalmente foi positiva, embora tenha sido a primeira vez a participar numa palestra do género, no entanto gostei. Gostei mas ainda o facto da Drª Edite ter tomado a coragem de fazer depoimento sobre a sua situação com relação ao cancro da mama, o depoimento dela despertou em nós a necessidade de efectuar com regularidade o auto exame assim como o exame especializado na unidade sanitária”. Disse a Magistrada.